Mercado Imobiliário

Como o novo autódromo possibilitou essa cobertura R$ 80 milhões na orla do Rio de Janeiro?

Letícia Furlan

30 de abril de 2025 às 16:36

Um acordo entre a prefeitura do Rio de Janeiro e o novo autódromo internacional da cidade deve permitir cada vez mais prédios em áreas nobres e raras da capital fluminense.

Isso vai funcionar por meio da venda de cotas para a construção, chamada de Operação Urbana Consorciada (OUC), que utiliza o mecanismo da Transferência do Direito de Construir (TDC) ou “bônus urbanístico”.

Buda Mendes/Getty Images

Sancionada pelo prefeito, a lei viabiliza a construção do novo autódromo internacional em Guaratiba e permite que o potencial construtivo do terreno do autódromo, que não será totalmente utilizado para a pista e suas instalações, seja transferido para outras áreas da cidade.

Ricardo Azoury/Pulsar Imagens/Exame

Bairros da zona norte e a Barra da Tijuca serão especialmente beneficiados.

Reprodução/Câmara do Rio de Janeiro/

Dessa forma, investidores privados podem construir acima do gabarito permitido nessas regiões, em troca do investimento na obra do autódromo e em contrapartidas urbanísticas, como melhorias no trânsito e infraestrutura pública.

Esse mecanismo não só viabiliza financeiramente o projeto do autódromo, mas também promove a verticalização da cidade, evitando expansão horizontal e seus impactos no trânsito.

Origem Incorporadora/

Um dos primeiros investidores privados a entrar nessa jogada foi a Origem Incorporadora, que está lançando um empreendimento residencial de alto padrão na Barra da Tijuca, em frente à praia, no Posto 6.

Com um Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 600 milhões e 14 andares, o Atto será um divisor de águas no mercado de luxo do Rio de Janeiro.

As unidades, com quatro a cinco suítes, poderão ser personalizadas, com destaque para a suíte master que chega a até 50 metros quadrados.

A cobertura, que será a unidade mais cara do empreendimento, deverá ser vendida por cerca de R$ 80 milhões.

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