Mercado Imobiliário

Com Meli e Shopee, mercado de galpões vai às alturas — mas periga reduzir a altitude

Letícia Furlan

18 de junho de 2025 às 10:31

Vacância em baixa, preço médio em alta e absorção líquida superando o novo estoque.

Log CP/Divulgação

O cenário do mercado de galpões é de boas notícias, segundo estudo da consultoria Jones Lang LaSalle (JLL) sobre o primeiro trimestre de 2025. Isso, sobretudo, devido ao segmento de varejo e e-commerce, que continua predominando.

Shopee/Divulgação

Fora do eixo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo, a Shopee é a maior locatária de galpões.

Leandro Fonseca/Exame

Apesar da recente expansão do setor de e-commerce para estados fora deste eixo, todo o território nacional sentiu o impacto expressivo do crescimento de empresas como Mercado Livre, Shopee, Magazine Luiza, Amazon, Via Varejo, Shein e Americanas s.a.

Atualmente, elas representam 12% do estoque total no país, um avanço significativo comparado aos 4% registrados há cinco anos — além de representarem 24% da área locada em 2024.

Leandro Fonseca/Exame

Se fora do eixo Rio, São Paulo e Minas Gerais quem predomina é a Shopee, no território paulista e brasileiro como um todo quem desponta é o Mercado Livre.

A empresa mantém 64% de sua operação concentrada no estado de São Paulo. Quando somados Minas Gerais e Rio, essa concentração atinge 78% dos seus espaços.

Fora desse eixo central, a Bahia se destaca como o estado com maior ocupação da empresa, representando 6% dos 2,7 milhões de metros quadrados utilizados pela companhia e 20% de todo o estoque logístico baiano.

Ingenious Buddy/Getty Images

A distribuição atual do mercado de galpões logísticos revela uma clara transformação no setor. Para o Brasil, o comércio e varejo — incluindo e-commerce — lideram com 33% das áreas ocupadas, seguidos pela indústria com 30% e pelos operadores logísticos com 26%.

Esta configuração apresenta variações regionais significativas: fora do eixo Rio, São Paulo e Minas Gerais, a distribuição é de 34% para comércio e varejo, 24% para indústria e 26% para operadores logísticos. Enquanto isso, no eixo, os números são 33%, 31% e 21%, respectivamente.

Leia a matéria completa