22 de abril de 2025 às 11:06
Passeie pelas ruas mais nobres da cidade de São Paulo e você avistará muitas placas de “vende-se”. Menos sensível a incertezas econômicas, sobretudo dos juros altos, o segmento de luxo continua aquecido.
Talvez você perceba também a existência de muitas placas com a estampa de um coelho vermelho.
Se estiver passeando especificamente pelo Jardim Europa, não raro avistará, ainda, em uma mansão, uma estátua do mesmo coelho, só que de gesso e nas cores cinza e branco.
Trata-se da sede da Coelho da Fonseca, empresa que simboliza o mercado imobiliário de luxo tradicional da capital paulista.
Consolidada no seu nicho, o desafio da Coelho da Fonseca é manter a tradição, mas continuar referência, sobretudo num mercado imobiliário de luxo que está cada vez mais com foco nos jovens endinheirados.
Para isso, está apostando em ferramentas como inteligência artificial e realidade aumentada para atender um público cada vez mais antenado.
A mudança vem em meio a uma sucessão geracional, com Álvaro Marco Coelho da Fonseca, o filho primogênito do fundador, ao lado do seu irmão Luiz Alfredo, ambos na casa dos 30 anos, ocupando o cargo de diretor-executivo.
A participação crescente dos millenials no mercado imobiliário de luxo tem a ver com sua ascensão no mercado financeiro por meio de gestoras e também aos jovens que estão à frente de startups.
“Vemos muitos comprando imóveis de altos valores, de R$ 10 milhões, R$ 20 milhões, R$ 30 milhões”, afirma Álvaro Marco.