16 de julho de 2025 às 16:55
Queda do dólar, possível redução nos subsídios para energia renovável nos Estados Unidos, as ameaças de tarifas dos EUA ao Brasil, além da tendência recente de desaceleração do crescimento da receita. O fluxo de notícias não tem sido dos mais favoráveis para a WEG no último ano.
Mas para o JP Morgan, depois de uma queda de 25% no preço das ações em 2025, todos esses fatores já estão embutidos no preço e a queda abre oportunidade de compra.
“Vemos uma oportunidade de adicionar posições de olho em ganhos de médios prazo (nos próximos seis a doze meses)”, escreveram os analistas Marcelo Motta e Jonathan Koutras.
O relatório fez preço, levando a WEG a negociar em alta de quase 4% num dia em que o Ibovespa oscila entre queda e leve alta. O banco tem preço-alvo de R$ 61 para o fim deste ano, potencial de alta de 53% em relação à cotação de fechamento de ontem.
Para os analistas, os resultados do segundo trimestre, que serão divulgados na próxima semana, não devem ser um gatilho para os papéis, com uma nova rodada de perda de fôlego nas taxas de crescimento na receita e margens estáveis.
Mas eles tampouco veem pouco espaço para quedas depois dos vários tombos que o papel tomou após divulgações de resultados nos últimos três trimestres.
“Acreditamos que o posicionamento dos investidores está muito leve dados os três trimestres de correção, com as ações caindo de 5% a 12% no dia da divulgação dos balanços", apontam. Nas contas do JP Morgan, as ações agora têm espaço para aguentar muito desaforo.