19 de março de 2024 às 07:49
O Índice de Volatilidade VIX ganhou uma versão brasileira desenvolvida numa parceria entre B3 e S&P.
O VIX do Brasil seguirá a mesma metodologia do original. A principal diferença é que será medido com base no Ibovespa, em vez de se basear no S&P 500.
Seu ticker (forma como é encontrado em plataformas de negociação), VXBR, sugere VIX Brasil. No exterior, o VIX é conhecido como o "Índice do Medo (e da Ganância)".
O apelido não foi dado à toa, mas por sua dinâmica própria. O VIX, basicamente, sobe quando aumenta-se a percepção de risco no mercado. Quanto maior o pânico e a incerteza, maior será a pontuação do VIX.
Na chegada da pandemia, em 2020, o VIX S&P 500 saltou 476% para 85,47 pontos entre 18 de fevereiro e a máxima de 18 de março.
Como funciona o VIX? De modo geral, quando o índice está abaixo de 15 pontos é sinal de otimismo. Abaixo de 25 seria o neutro e acima indicaria um risco razoável.
O Índice VIX mede a volatilidade anualizada esperada pelo mercado para os próximos 30 dias. No caso do Índice Brasil, a volatilidade esperada é a do Ibovespa.
Sua medição é feita por meio de contratos de opções com vencimentos nos próximos 2 meses. Essa volatilidade extraída é implícita nos prêmios dos contratos sendo negociados. Quanto maior o valor do prêmio, maior é a volatilidade.
No mercado de opções, o comprador paga um valor fixo por uma opção (que pode ser de compra ou de venda). Esse valor é chamado de "prêmio" e varia conforme a expectativa de volatilidade.
Isso porque quanto maior a expectativa de volatilidade, maior é o risco da operação. Portanto, cobra-se um valor mais alto para se vender uma opção.
O VIX, sozinho, dá uma ideia de como está a percepção de risco no mercado. Mas pode ser um índice poderoso se atrelado a outras ferramentas.
A principal delas seriam os contratos futuros de VIX Brasil, que, segundo a B3, já estão sendo estudados. Ainda não há data de lançamento, nem previsão.