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Taxa de 50% ao Brasil: por que Embraer deve ser a mais afetada pelas tarifas de Trump?

Letícia Furlan

10 de julho de 2025 às 09:51

O governo dos Estados Unidos vai aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto de 2025.

Win McNamee/AFP/

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 9, pelo presidente Donald Trump, em carta oficial. Empresas brasileiras que operam fábricas em território americano ficarão isentas da taxa.

Getty Images/Getty Images

Ainda não está claro se a nova tarifa se somará a tributos já aplicados por setores específicos, como o de autopeças. Se houver acúmulo, a alíquota total pode chegar a 75% para algumas categorias, somando os 25% atuais ao novo adicional de 50%.

Leandro Fonseca/Exame

Segundo relatório do Bradesco BBI, Embraer é a principal companhia brasileira afetada, cuja receita depende em cerca de 60% dos Estados Unidos.

O impacto potencial estimado no lucro operacional da empresa em 2025 é de US$ 220 milhões, ou cerca de 35% do total projetado para o ano, dizem os analistas.

O efeito seria parcial em 2025, já que a tarifa entra em vigor somente em agosto. Parte da linha de jatos executivos da companhia, como o Phenom, já é produzida nos EUA, o que pode reduzir o efeito direto.

Modelos como o Praetor têm montagem final feita no país. Ainda assim, a extensão da isenção para casos de produção parcial não foi esclarecida.

A Embraer poderá repassar parte do aumento de custo para clientes, via reajuste nos preços de novas encomendas e serviços pós-venda. Em aviação comercial, a incerteza pode levar companhias aéreas a adiar entregas.

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