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Por que a Amazon suspendeu pedidos de fornecedores da China?

Mateus Omena

9 de abril de 2025 às 17:15

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A Amazon cancelou vários pedidos de produtos fabricados na China e em outros países da Ásia.

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A medida foi adorada para reduzir a exposição da companhia às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Kevin Dietsch/AFP

As informações foram divulgadas pela Bloomberg antes do anúncio de Trump de pausar as tarifas recíprocas por 90 dias, com exceção à China, que viu seus produtos sendo taxadas em 125% com a nova política do republicano.

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Pedidos de cadeiras de praia, patinetes, ar-condicionado e outros itens de vários fornecedores da Amazon foram suspensos após o anúncio de Trump, em 2 de abril, sobre planos para impor tarifas a mais de 180 países e territórios, incluindo China, Vietnã e Tailândia.

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Os cancelamentos repentinos, sem aviso prévio, levaram os fornecedores a suspeitar que isso fosse uma resposta às tarifas. A empresa havia destacado disputas comerciais internacionais como um risco potencial em seu relatório anual divulgado em fevereiro.

Não está clara a extensão de cancelamentos nem os tipos de produtos afetados pela medida.

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Um vendedor que fornece cadeiras de praia fabricadas na China para a Amazon há mais de uma década recebeu um e-mail da empresa na semana passada informando que certos pedidos de compra foram cancelados "por engano" e instruiu o vendedor a não enviar os produtos.

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O vendedor relatou que um pedido no valor de US$ 500.000 foi cancelado depois que as cadeiras já haviam sido fabricadas, segundo a Bloomberg.

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Na semana passada, Trump anunciou que taxaria quase todos os países do mundo com tarifas de importação a partir de 10%. Essa cobrança entrou em vigor no sábado. No momento do anúncio, o governo norte-americano cobrou taxas recíprocas de 34% de Pequim.

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Nesta quarta, entraram em vigor as tarifas adicionais. Assim, a União Europeia passou a ser cobrada em 10% no sábado e em mais 10% agora, somando 20%. Também entraram em vigor tarifas extras contra outros países e blocos, como Vietnã (46%) e Japão (24%).

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Com essas medidas, ao se somar a outras taxas, a cobrança sobre produtos chineses enviados aos EUA subiria para 104%, por exemplo.

Saul Loeb / AFP/

Como resposta à tarifa extra de 50% imposta por Trump, a China anunciou nesta manhã que vai impor tarifas adicionais de 84% sobre os produtos importados dos Estados Unidos. As novas tarifas da China entrarão em vigor a partir de 10 de abril, segundo o comunicado do governo.