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Pix e Drex ameaçam os EUA? Dólar e empresas como Mastercard e Visa podem perder espaço

Juliana Alves

17 de julho de 2025 às 11:11

Imagem gerada por IA/Reprodução

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA iniciou uma investigação sobre as práticas comerciais do Brasil, com foco no Pix, considerado desleal pelo governo de Donald Trump. O argumento é que o Pix prejudica a competitividade das empresas americanas no comércio digital.

Imagem gerada por IA/Freepik

O advogado, Fernando Canutto, disse que o Pix não afeta diretamente o comércio entre os EUA e o Brasil, mas diminui a concorrência com as big techs como a Meta. Em 2023, o BC liberou os pagamentos via WhatsApp Pay, mas o Pix já tinha se popularizado e a Meta perdeu espaço.

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Pietro Cervelin, especialista em Direito Internacional, destaca que o Pix impacta o mercado de cartões de crédito, como as empresas Visa e Mastercard. Embora a concorrência tenha aumentado, ele acredita que a investigação é um argumento para defender o setor bancário dos EUA.

Marcio Binow Da Silva/Getty Images

No primeiro trimestre de 2025, o Pix representou 49% das transações no Brasil, enquanto os cartões de crédito tiveram apenas 14%. Embora o número de transações com cartão de crédito tenha crescido, o Pix teve um aumento superior a 52%, mostrando seu impacto no mercado.

Banco Central/Divulgação/Divulgação

Maurício Godoi, economista, sugere que a real preocupação dos EUA não é o Pix, mas o Drex e a moeda dos BRICs. A possível eliminação da necessidade de conversão para o dólar pode ameaçar a hegemonia da moeda americana.

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