8 de julho de 2025 às 17:01
Os FIDCs seguem brilhando em 2025. Em meio a um cenário de captação líquida negativa em R$ 37,8 bilhões na classe total de fundos no primeiro semestre desse ano, FIDCs e a renda fixa foram as duas classes que tiveram mais aportes do que resgates: R$ 59,4 e R$ 28,8 bilhões.
Para Pedro Rudge, diretor da Anbima, é uma conjunção de fatores que levam os FIDCs a se destacarem. Primeiro, o ambiente de taxa de juros mais alto ajuda o crédito privado, já que o investidor consegue ter uma rentabilidade maior.
“Vimos também uma oferta maior de produtos pelos gestores. Algumas casas, que antes não eram tão atuantes nesse segmento, passaram a ser”, afirmou durante uma coletiva para jornalistas nesta terça-feira, 8.
Esse fenômeno também foi ajudado pela democratização do acesso do investidor médio. “Lembrando que com a resolução da CVM 175 devemos ter um impulso, porque ela flexibilizou para o varejo poder investir no FIDC — nem vemos ainda esse componente de aumento no universo endereçável.
Desde dezembro de 2024, os FIDCs superam os fundos de ações em patrimônio líquido, segundo os dados da Anbima. Em junho deste ano, eles acumulavam um patrimônio líquido de R$ 687,39 bilhões, com uma captação líquida de R$ 22,45 bilhões no mês.
Ao todo, 24 mil fundos se adaptaram às novas regras da 175 até 30 de junho deste ano — 82% de toda a indústria.