30 de maio de 2024 às 08:35
Nenhuma ação jogou mais contra a bolsa brasileira neste ano do que a Vale (VALE3). A mineradora, que tem a segunda maior fatia do Ibovespa (só atrás da Petrobras), fechou o último pregão com 17,5% de desvalorização no ano, com as ações cotadas a R$ 64,04.
A perda em valor de mercado é de R$ 61,5 bilhões. O pessimismo sobre o crescimento da China e até o medo de interferência do governo pesaram sobre o preço da companhia.
Mas Raphael Figueredo, CEO da Eleven Financial, acredita que os riscos estão sobreprecificados. O que não embarcar nessa sentirá "saudade" do atual preço das ações, afirmou em entrevista ao programa Vozes do Mercado, da Exame Invest.
“Estão descontando na Vale todos as dificuldades da China. Mas a Vale tem um portfólio que consegue atravessar bem esse período. Tem pouca gente vendo isso com profundidade. Quando o mercado perceber será uma correria. A Vale está muito atrativa nesse momento”, afirma Figueredo.
A Vale é a principal convicção de Figueredo, com a tese indo de encontro com seu maior otimismo com os preços das commodities.
“Mesmo com as dificuldades da economia brasileira, ainda vejo um fluxo positivo para o Brasil, porque somos altamente dependentes do mercado global de commodities, que está em direção ascendente.”, afirma Figueredo.
Esse cenário, afirma, deve pavimentar um piso para o Ibovespa próximo do nível atual dos 120.000 pontos. “Para cair abaixo disso, teria que acontecer algo muito pior do que os pessimistas já estão projetando.”
A Eleven iniciou 2024 com a projeção de que o Ibovespa, hoje próximo dos 123.000 pontos, termine o ano em 142.000. A estimativa não foi alterada.