21 de maio de 2025 às 15:03
O Ibovespa bateu o recorde de 140 mil pontos no pregão de ontem, acumulando alta de mais de 16% no ano. Desde 8 de abril, quando o índice bateu seu vale após o tarifaço, o avanço é de 20% em dólares, com 87 ações que compõem o índice no azul, com destaque para o setor financeiro.
Sete empresas, contudo, ficaram na lanterna, com resultados abaixo do esperado ou dinâmicas próprias que fizeram com que não se beneficiassem do amplo fluxo externo que impulsionou o índice de referência da bolsa, segundo levantamento feito pelo BTG Pactual.
A empresa foi o desempenho mais negativo no período foi a Azul, com recuo de 64%. Em dificuldades financeiras, a companhia aérea teve uma forte queima de caixa no primeiro tri, o que, na avaliação de alguns analistas, a deixa mais próxima de um pedido de recuperação judicial.
A RD Saúde, dona das redes de farmácias Raia e Drogasil, vem logo em seguida, com um recuo de 23,1% no período. A performance se seguiu a um balanço do primeiro trimestre que veio muito abaixo das expectativas.
O Banco do Brasil também recuou por conta do balanço dos três primeiros meses do ano. Desde 8 de abril, as ações caíram 7,7%. O BB chegou a retirar seu guidance para o ano diante das incertezas sobre o seu desempenho.
Entre as quedas, está também a Minerva, de carne bovina, que teve uma dinâmica bastante própria. Uma oferta de ações lançada em 7 de abril para aliviar seu endividamento tinha uma estrutura que incluía um bônus de subscrição para cada papel emitido na operação.
Completam a lanterna do Ibovespa os papéis da BB Seguridade (BBSE3), com recuo de 5,1%, a resseguradora IRB (IRBR3), cujas ações caíram 4,6% e a Raízen (RAIZ4), que perdeu 0,6%.