23 de maio de 2025 às 16:30
Quem investe no exterior pode estar perdido no atual cenário de vai-e-volta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Apesar de o governo ter revogado parte das medidas sobre investimentos estrangeiros, investir no exterior deve ficar mais caro, pelo menos para pessoas física
O governo anunciou no final da tarde da quarta-feira, 22, uma série de medidas fiscais, que incluem um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, aumento do IOF e implementação do imposto em situações antes isentas, como aplicações no exterior.
Entre as mudanças, aplicações de fundos de investimento no exterior, antes isentas, passariam a pagar IOF de 3,5%. Mas o mercado não gostou e, após pressão, o governo revogou a medida.
Pessoas físicas nunca estiveram nessa medida de investir no exterior, explica Alfaix. O IOF só seria cobrado para pessoas jurídicas, ou seja, fundos de gestoras que investem em outros países. Mas… estão em outra.
Para investir no exterior, é necessário fazer uma remessa (transferência externa) para o outro país. Essas transferências de recursos para conta de contribuinte no exterior, por sua vez, tiveram o IOF aumentado de 1,1% para 3,5%.
Isso vai encarecer o custo do investimento, o que pode reduzir o volume de investimentos no exterior, principalmente de pessoas físicas e de curto prazo.