5 de junho de 2025 às 09:14
O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira, 4, em coletiva de imprensa, uma atualização do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, com o objetivo de aprimorar o processo de devolução de recursos em casos de fraudes.
O MED, criado para facilitar a devolução de valores quando consumidores caem em golpes ou realizam transferências erradas, terá sua trilha de rastreabilidade expandida, permitindo o acompanhamento de recursos que estão três ou mais elos abaixo na cadeia de transações.
Atualmente, o MED permite que, em casos de fraude, a instituição financeira da vítima entre em contato com a instituição do golpista para tentar reaver os valores transferidos indevidamente.
No entanto, muitas vezes, os golpistas conseguem transferir os recursos rapidamente para outras contas, dificultando a rastreabilidade e tornando a devolução mais desafiadora. Até o momento, apenas 7% dos fundos foram devolvidos com o uso do MED.
Com a atualização, o sistema será mais eficiente no rastreamento de valores, aumentando a profundidade da trilha de rastreabilidade. A promessa é que, ao alcançar mais elos nas transações, será possível coibir fraudes financeiras de maneira mais eficaz.
O MED 2.0 será lançado inicialmente em dezembro como projeto piloto, com o lançamento oficial para toda a população previsto para fevereiro de 2026.
Se cair em golpe, a pessoa lesada deve entrar em contato com seu banco (de onde saiu o dinheiro) para pedir o ressarcimento do Pix. O caso então é analisado e os bancos envolvidos têm até sete dias para concluir se, de fato, ocorreu fraude.
Se avaliarem que não, o dinheiro é desbloqueado, voltando a ficar disponível para o favorecido. Já se for confirmada a fraude, em até 96 horas a vítima recebe o Pix de volta.