14 de maio de 2025 às 16:08
O ceticismo com a capacidade da Renner (LREN3) de voltar a entregar crescimento começou a ficar para trás com os resultados do primeiro trimestre. Por anos, a companhia foi uma das queridinhas do mercado no varejo, mas o papel caiu 20% no último ano em meio à pressão das margens.
Agora, após subir 29% nos últimos três meses, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) vê os papéis ainda num bom momento, com espaço para valorização. O banco elevou preço-alvo da ação de R$ 16 para R$ 20, um retorno potencial total de 22,7%, considerando dividendos.
O otimismo dos analistas está ancorado em cinco pilares que sustentam a retomada de momento da varejista:<br /> 1. Política de preços mais equilibrada: A Renner conseguiu reduzir a diferença de preços em relação a rivais como Shein, mesmo mantendo coleções mais atualizadas.
2. Menos liquidações, mais margem: A margem bruta do varejo atingiu o melhor nível em dez anos, impulsionada por um portfólio mais assertivo e queda nas remarcações. Marcas como Youcom e Camicado também ganharam margem com maior penetração de marcas próprias.
3. Eficiência deve acelerar no segundo semestre: As despesas gerais subiram no trimestre, refletindo inflação, maior volume de vendas e investimentos em sistemas. Porém, o BTG projeta ganho de eficiência no segundo semestre, à medida que uma cadeia de suprimentos mais ágil.