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China: fundo de US$ 48 bi busca reduzir dependência de chips de IA no exterior

Estela Marconi

27 de junho de 2025 às 16:13

Brendan Mcdermid/Reuters

O principal fundo de investimentos em semicondutores da China, conhecido como Big Fund III, está revendo sua estratégia para enfrentar os bloqueios impostos pelos Estados Unidos.

Na nova fase, o foco será direcionado a áreas críticas onde o país ainda enfrenta deficiências tecnológicas, como equipamentos de litografia - que são dominados pela holandesa ASML - e softwares de design de chips, controlados por gigantes americanas como Cadence e Synopsys.

Peter Parks/AFP

O Big Fund III foi criado há pouco mais de um ano com a meta de levantar 344 bilhões de yuans (cerca de US$ 48 bilhões), mas até agora garantiu apenas parte desse valor, levando em conta que Pequim tem tido mais cautela nos investimentos ao setor.

Porém, a expectativa é de que o fundo alcance o valor inicial e se torne o maior da história da indústria chinesa de semicondutores, segundo reportagem da Bloomberg.

A mudança ocorre após anos de investimentos distribuídos em diversos segmentos, que resultaram em poucos avanços concretos.

O governo chinês definiu como prioridade reduzir a dependência externa em chips, especialmente com a crescente disputa no campo da inteligência artificial.

Albert Canite /Unsplash

Segundo informações da Bloomberg, os EUA e outros países, como Japão e Holanda, ampliaram restrições à venda de chips e equipamentos para a China. Nesta semana, um acordo assinado entre Washington e Pequim pode diminuir a tensão entre os países.

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