23 de maio de 2025 às 15:04
A ANS suspendeu o projeto do plano de saúde simplificado, que cobriria apenas consultas eletivas e exames básicos, sem emergências ou internações. A decisão foi tomada para aprofundar a análise técnica e regulatória.
O plano buscava ser uma alternativa acessível para ampliar o mercado de saúde suplementar, mas gerou preocupação entre especialistas e servidores da ANS. O modelo exclui procedimentos complexos, o que pode comprometer a proteção ao consumidor.
Foi criada uma câmara técnica com membros da ANS e da Câmara de Saúde Suplementar para revisar aspectos jurídicos, econômicos e regulatórios da proposta. A continuidade depende também de decisão do Superior Tribunal de Justiça.
O ministro Herman Benjamin reforçou a competência da ANS para fiscalizar produtos como cartões de desconto, que inspiraram o plano simplificado. A suspensão é cautelar e ocorre próximo ao fim do mandato do diretor Alexandre Fioranelli, que apoia a iniciativa.
Operadoras veem o plano como oportunidade para competir com cartões de benefícios, mas houve resistência do MPF e do Idec, que pediu suspensão. A Justiça de São Paulo validou o projeto, mas a ANS preferiu suspender para avaliação rigorosa.