31 de julho de 2025 às 16:28
O esperado tarifaço de Donald Trump bem mais light do que o mercado esperava, com uma lista de mais de 700 exceções, que pagarão apenas a alíquota mínima de 10% e não os 40% extras.
O resultado foi um alívio para algumas empresas da bolsa – e preocupação redobrada para outras.
Entre os destaques positivos está a Embraer (EMBR3), favorecida pela isenção sobre aeronaves civis e seus componentes. Na ponta oposta, WEG (WEGE3) deve sentir os efeitos das tarifas de forma mais intensa.
A Embraer foi poupada das tarifas dos EUA, com seus jatos E1 e E2 e componentes isentos, o que evitou impacto no faturamento. O Itaú BBA reforçou a ação como top pick. As ações já recuperaram quase toda a queda recente, com altas de 10,93% ontem e mais 6% hoje.
Celulose também foi excluída da tarifa, o que beneficia Suzano. O BTG reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 73 e potencial de alta de cerca de 40%. Apesar da pressão nos preços da celulose, o banco destaca o baixo custo da empresa e seu valuation atrativo.
A WEG será fortemente impactada pelas tarifas dos EUA, já que seus motores de baixa tensão e o cobre — que pesa até 15% nos custos — pagarão a alíquota cheia de 50%. O BTG estima um impacto de R$ 2,3 bilhões, ou cerca de 25% do EBITDA projetado para 2025.