29 de abril de 2025 às 10:05
O Istituto per Opere di Religione (IOR), ou simplesmente Banco do Vaticano, já teve um brasileiro ocupando um dos cargos mais altos.
Relativamente secreta, a instituição foi criada em 1942 para administrar os ativos da Igreja, mas já esteve no centro de controvérsias financeiras que marcaram a história do menor país do mundo.
Foi em um destes momentos de crise que Ronaldo Schmitz, um gaúcho nascido em Porto Alegre, mas formado economista no Rio de Janeiro, foi parar no Vaticano.
Ele foi nomeado vice-presidente e chegou a assumir a presidência interina do banco do país entre maio de 2012 e fevereiro de 2013.
A nomeação de Schmitz ocorreu em um momento de crise e necessidade de reformas no IOR, que enfrentava escândalos relacionados a lavagem de dinheiro e operações financeiras suspeitas.
Ele substituiu Ettore Gotti Tedeschi, que foi destituído após resistir a pressões internas para implementar normas mais rígidas contra lavagem de dinheiro.
A escolha de Schmitz para o cargo foi feita pelo Papa Bento XVI, que buscava um gestor com experiência financeira e reputação para restaurar a credibilidade e a transparência do Banco do Vaticano.