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Renner vem bem no terceiro trimestre – mas não tão bem quanto se esperava

Raquel Brandão

10 de novembro de 2024 às 16:03

Seguindo uma tendência no varejo de moda, o balanço da Renner trouxe uma melhora relevante no 3º tri. A receita de varejo cresceu 12%, enquanto a Realize, braço financeiro, voltou ao campo positivo, com ganho de R$ 58 milhões. O lucro bateu com sobra as expectativas do mercado

Germano Lüders/Exame

Mas não foi suficiente para evitar um revés na Bolsa.<br /> <br /> As ações despencaram 6% nesta sexta-feira, num dia difícil para o Ibovespa, numa espécie de reprise do filme visto ontem com as concorrentes Guararapes (dona da Riachuelo) e C&A

Lojas Renner S.A./null

No caso da Renner, especificamente a régua estava mais alta. As vendas mesmas lojas subiram 11,5%, em linha com o piso das expectativas do sellside que chegavam a até 13%. No buyside, por sua vez, havia quem falasse em algo acima dos 15%.

“O SSS foi muito bom a e companhia registrou números recordes de venda por metro quadrado e ganho de margem bruta muito forte”, diz um gestor comprado no papel.

Leandro Fonseca/Exame

“Os ganhos de produtividade e eficiência nos permitem vender mais, atingir mais clientes, mas sem abrir mão da rentabilidade, sem precisar fazer markdown”, diz o CEO Fabio Faccio em entrevista ao INSIGHT ao citar a operação em 100% do novo CD e o modelo de SKU personalizado

De acordo com ele, o segundo trimestre já havia sido um ponto de inflexão e o terceiro consolidou as melhorias. Agora, a margem bruta deve continuar crescente e não só se igualar a patamares históricos, mas até mesmo superá-los em médio a longo prazo.

Leandro Fonseca/Exame

A companhia também intensificou o trabalho de ganho de eficiência, controlando despesas, observa Daniel dos Santos, CFO. Enquanto a receita cresceu mais de 12%, as despesas avançaram em patamar bem inferior, a 6,4%.

Em 12 meses, a ação acumula alta de 26%.

Renner vem bem no terceiro trimestre – mas não tão bem quanto se esperava