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Na Americanas, uma fatura de ao menos R$ 7 bilhões para Beto Sicupira

Antonio Temóteo, Natalia Viri, Raquel Brandão

20 de junho de 2024 às 20:00

Lucy Nicholson/Reuters

No aporte de pouco mais de R$ 12 bilhões a ser feito no próximo mês pelo trio 3G para capitalizar a Americanas, Beto Sicupira ficou com uma fatura bem maior que a dos sócios, de ao menos R$ 7 bilhões.  

Leandro Fonseca/Exame

Documentos da recuperação judicial mostram que a Sawdog, veículo ligado a Sicupira, é responsável por 57,27% do valor total no aumento de capital.

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A Cedar, de Jorge Paulo Lemann, entraria com 29,69% ou R$ 3,7 bilhões, e a Samer, de Marcel Telles, com os 13% restantes, equivalentes a R$ 1,6 bilhão.  

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Em conversas reservadas, Sicupira tem se queixado que gastaria até R$ 8 bilhões no processo de capitalização, conforme apurou o INSIGHT.  

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Como os aportes são feitos via veículos controlados por cada um dos empresários, não é claro se os demais sócios podem entrar com valores adicionais nesses veículos na condição de minoritários.  

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Sicupira sempre foi o acionista com maior exposição na Americanas. Os sócios sempre tiveram participações diferentes nos veículos que investiam nas companhias.

Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images

Mas essa foi a primeira ocasião em que eles tiveram que, de fato, fazer a partilha, dado o tamanho do rombo a ser coberto para manter a empresa funcionando após a fraude que tirou mais de R$ 25 bi da companhia. 

Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images

Não é possível saber a fatia exata de cada um dos sócios, já que as participações estão todas debaixo de veículos de investimento constituídos fora do Brasil. Mas Sicupira era o único que aparecia como acionista também na pessoa física, com 2% dos papéis.

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