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A Skol sentiu a concorrência. Mas, na Ambev, estratégia de preço segue de longo prazo, diz CFO

Raquel Brandão

1 de novembro de 2024 às 19:24

Marcos Issa//Bloomberg

O terceiro trimestre da Ambev não desceu redondo – especialmente para a Skol, marca sessentona que sentiu o impacto dos preços agressivos da concorrência, principalmente da Itaipava, do Grupo Petrópolis.

Skol/Divulgação

A queda de 11% na última linha do balanço para R$ 3,57 bilhões aconteceu especialmente por causa da despesa com imposto de renda diante da menor dedutibilidade de subvenções governamentais e dos juros sobre capital próprio (JCP). Mas não só isso.

O volume de cerveja vendida no Brasil ficou aquém do que previam os analistas. A projeção de mercado era de um crescimento de 2,5%, mas os números mostraram um avanço de apenas 0,6%.

Ambev/Divulgação

O que explica a discrepância? Expectativas muito altas ou ambiente muito mais difícil? É difícil dizer, mas é melhor olhar o filme do que a foto, diz o CFO Lucas Lira.

No segmento premium, a companhia conseguiu, de fato, números melhores, acirrando a disputa com a Heineken. O grupo que reúne Corona, Spaten e Original cresceu mais de 25% no trimestre.

A maior dor foi mesmo nos rótulos mais populares, justamente os de maior volume. A principal vítima da guerra de preços travada pela Petrópolis foi a Skol. “O trimestre de Skol foi mais difícil, mas se pegarmos a performance desde o período pré-pandemia, o volume cresce 10%.”

A Skol sentiu a concorrência. Mas, na Ambev, estratégia de preço segue de longo prazo, diz CFO