ESG

Usina Belo Monte planta 2,2 milhões de árvores e evita perdas pela seca na Amazônia

Letícia Ozório

22 de abril de 2025 às 16:53

Particular Filmes/Divulgação

A Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada no Pará, capturou 176 mil toneladas de carbono da atmosfera a partir do plantio de 2,2 milhões de árvores nativas da Amazônia.

Leandro Fonseca/Exame

Desde 2011, a Norte Energia, concessionária da Usina, desenvolve ações de restauração florestal e, até o momento, recuperou 2,5 mil hectares de floresta, o equivalente a 3 mil campos de futebol.

O plantio de cada árvore contribui com a remoção de cerca de 15,4 kg de CO₂ por ano, ajudando a reduzir a quantidade de gases do efeito estufa presentes na atmosfera.

Leandro Fonseca/Exame

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a melhoria dos processos naturais, como o aumento da absorção de CO₂ pelas árvores, é uma das formas mais eficazes de combater o aquecimento global.

Juan Doblas/ISA/Reuters

Além de ajudar a combater as mudanças climáticas, as áreas reflorestadas contribuem para a preservação da biodiversidade local e para a proteção do solo e dos recursos hídricos.

A restauração florestal realizada por Belo Monte também está diretamente ligada à preservação do regime de chuvas da região amazônica, essencial para a geração de energia hidrelétrica.<br /> <br />

Caio Coronel/Itaipu/Divulgação

O desmatamento da Amazônia tem levado à perda de capacidade de geração de energia das duas maiores usinas hidrelétricas do Brasil, Itaipu, no Rio Paraná, e de Belo Monte, no Rio Xingu.

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Um estudo realizado pela PUC-Rio revelou que as perdas somam cerca de 3.800 gigawatt-hora por ano, o suficiente para abastecer 1,5 milhão de pessoas. Isso representa mais de R$ 1 bilhão em receitas anuais no setor elétrico.

Essas perdas são causadas pela alteração no regime de chuvas da região, essencial para o funcionamento de usinas hidrelétricas. As duas usinas são responsáveis por 23% do abastecimento hidrelétrico do país.

Divulgação/Cesp/Divulgação

A Norte Energia tem como meta recuperar 7,6 mil hectares de floresta até 2045, o que corresponde ao plantio de 5,5 milhões de mudas nativas.

Divulgação/EXAME.com/

O projeto também inclui o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que visa a recuperação das áreas afetadas pela construção da hidrelétrica.

Até agora, mais de 1,7 milhão de mudas foram plantadas, recuperando 1.607 hectares da área prevista.

Leandro Fonseca/Exame

Bruno Bahiana, superintendente Socioambiental e do Componente Indígena da Norte Energia, afirma que as ações de recuperação ambiental não apenas fortalecem o ecossistema, mas também beneficiam as comunidades locais.

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