ESG

Tecnologia pernambucana transforma resíduo tóxico do jeans em solução agrícola

Da Redação

28 de abril de 2025 às 10:50

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Em um laboratório no Departamento de Química Fundamental da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), três pesquisadoras transformaram um problema ambiental em solução agrícola inovadora.<br /> <br />

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A startup Germini, formada por Jéssica Vasconselos, CEO da empresa, Tatiane Marques, administradora, e Eneri Melo, engenheira da computação e técnica em química, desenvolveu uma tecnologia capaz de converter o lodo tóxico da lavagem de jeans em biofortificante para sementes.<br /> <br />

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O polo têxtil do agreste pernambucano, concentrado principalmente nas cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, é reconhecido como um dos mais importantes do país. Entretanto, o processo produtivo, especialmente a lavagem do jeans, gera muitos resíduos.

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"Já estamos sofrendo com isso por conta, principalmente, das lavanderias e de outras fábricas não legalizadas que despejam diretamente em esgotos e nos rios", explicou Jéssica Vasconselos, em entrevista para uma rádio local.<br /> <br />

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O processo desenvolvido pela Germini começa pela coleta do lodo residual das lavanderias, material que contém fibras sintéticas e naturais, como algodão e poliéster.<br /> <br />

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Este resíduo passa por secagem, tratamento para remoção de impurezas e síntese térmica em altas temperaturas. O processo resulta em nanopartículas de carbono que, transformadas em material gelatinoso, envolvem sementes como as de feijão.

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Atualmente, a Germini opera em escala experimental, com capacidade para processar até 10 quilos de lodo têxtil por vez. A startup mantém parceria com a lavanderia Nossa Senhora do Carmo, em Caruaru, e busca financiamento para expandir suas operações.<br /> <br />

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"O plano é conseguir mais fomento para que a gente consiga crescer e realmente chegar ao mercado, com estrutura para comportar a demanda que existe", diz Jéssica.

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