16 de julho de 2025 às 14:09
A menos de cinco meses da COP30, a conferência climática que será realizada em Belém, o Summit ESG da EXAME abriu sua programação com um debate sobre como o Brasil pode transformar o evento em um marco global para a ação climática.
A conversa apontou que a escolha de Belém como sede da COP30 tem peso simbólico e político. Para os painelistas, a decisão fortalece a descentralização dos fóruns internacionais. "A floresta precisa ser falada por quem vive nela”, disse Plínio Ribeiro, conselheiro da Ambipar.
Carolle Alarcon, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, destacou avanços em áreas como contabilidade de emissões, plano de ação de gênero e normas técnicas para adaptação climática. No entanto, afirmou que o tema de financiamento segue travado.
Representando o setor financeiro, Fábio Maeda relatou que o Banco da Amazônia já colhe resultados práticos a partir da preparação para a COP. “Só nos últimos meses, captamos 80 milhões de euros do governo francês", explica.
O banco, que tem sede em Belém, concentra R$ 1 bilhão em crédito na região amazônica e quer ampliar investimentos em bioeconomia. “Estamos financiando modelos sustentáveis para gerar renda para os 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia”, afirmou.