4 de junho de 2025 às 17:39
A poucos meses da COP30, o Brasil se prepara para sediar o maior evento de clima do mundo com uma posição clara de liderança em sustentabilidade e terreno fértil para exportar soluções verdes.
Com um potencial único e vantagens naturais para liderar a descarbonização global, autoridades do país destacam que é preciso envolver todos os atores para que esta COP seja de fato a de implementação dos compromissos climáticos.
2025 é um ano decisivo para a ação e retomada do multilateralismo na ONU: são 10 anos do histórico Acordo do Paris e a organização internacional também completa 80 anos de existência.
Durante evento do 3º Fórum do Ambição 2030 promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, um dos painéis reuniu duas autoridades de peso para falar sobre as expectativas rumo à COP30.
Tatiana Rosito, Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e Dan Ioschpe, designado campeão climático da COP30 e que irá intermediar as negociações com o setor privado.
Segundo Tatiana, o G20 no Rio de Janeiro foi fundamental para preparar o terreno e abrir o diálogo rumo a Belém do Pará. "O evento trouxe as instituições financeiras para o debate do financiamento climático", afirmou a secretária.
A executiva também destacou que a implementação e a noção de solidariedade como um todo é peça-chave e que acredita que a agenda deve avançar visto que a sustentabilidade é essencial para um ciclo de investimentos verdes.
Entre os destaques dos últimos 10 anos no âmbito governamental, o Ministério da Fazenda brasileiro desenvolveu e começou a implementar a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP).
O plano abrange seis eixos principais: finanças sustentáveis, infraestrutura resiliente, transição energética e sistemas alimentares. Outro marco importante foi o lançamento dos primeiros títulos soberanos sustentáveis.
Dan enfatizou que projetos que não considerem sustentabilidade estão "fadados ao desastre" e representam retrocesso no desenvolvimento de um país.
"Não há nenhum lugar do mundo a ganhar mais com essa agenda do que o Brasil. Somos um arsenal de soluções de sustentabilidade em todas áreas -- florestas, biocombustíveis, expansão de cadeias de valor e renováveis", disse Dan.
A expectativa é que a COP30 não apenas consolide o Brasil como líder em soluções climáticas, mas também demonstre na prática como a sustentabilidade pode ser o motor de um novo ciclo de desenvolvimento social e econômico.