5 de junho de 2025 às 18:31
Neste Dia do Meio Ambiente, a transição energética é peça-chave rumo à descarbonização global e aproveitamento sustentável dos recursos naturais. O Brasil é líder pela sua matriz majoritariamente limpa e a indústria nacional está intensificando seus esforços na agenda.
Uma nova pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira, 5, revela que 48% das empresas do setor já investem em fontes renováveis de energia, como hídrica, eólica, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono.
O número representa um crescimento significativo em comparação a 2023, quando apenas 34% indicaram ter iniciativas voltadas à geração de energia limpa.
Entre as companhias que investiram em energia renovável, a autoprodução foi a principal estratégia adotada, representando 42% dos casos. O principal motivo para a adoção dessas alternativas é a redução de custos, apontada por 50% dos entrevistados.
"O aumento do interesse em investir em fontes renováveis demonstra que o Brasil está na vanguarda e reflete o compromisso crescente da indústria brasileira com a sustentabilidade", destacou Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.
A análise regional mostra disparidades significativas na adoção de fontes limpas. O Nordeste desponta como líder, com 60% das indústrias da região investindo em projetos verdes. Na sequência aparecem Norte e Centro-Oeste, ambos com 56%, seguidos pelo Sul (53%) e Sudeste (39%).
Outro dado revelou que 60% das empresas demonstraram interesse em obter financiamento para adequar suas operações. Por outro lado, 9 em cada 10 indústrias alertam sobre a falta de incentivos tributários para ações sustentáveis e o acesso aos recursos é um dos grandes gargalos.
As práticas sustentáveis nas indústrias brasileiras vão além da questão energética. Em média, os negócios avaliados implementam seis medidas de sustentabilidade, sendo as mais comuns: logística reversa, otimização de consumo energético w redução da poluição da água.