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Presidente do IBP defende que setor de petróleo deve ser aliado da transição energética

Sofia Schuck

5 de maio de 2025 às 10:27

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"A transição energética não significa abandonar o petróleo de uma vez, ainda vamos precisar dele por décadas. O setor terá um papel importante na descarbonização. Nós somos parte da solução", disse em entrevista à EXAME, Roberto Ardenghy, presidente do Instituto BR do Petróleo.

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Ex-diplomata brasileiro com mais de 30 anos de experiência em relações governamentais e temas relacionados à indústria, o executivo também foi diretor de relacionamento institucional e sustentabilidade da Petrobras e desde maio de 2022, está à frente do IBP, principal do setor.

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Enquanto o mundo mira a expansão de renováveis e o abandono dos combustíveis fósseis, Roberto é incisivo ao defender que a transição não é um confronto de setores e sim um processo gradual de "evolução" -- e que irá depender da indústria petrolífera.

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"Vamos precisar do petróleo por muitos anos ainda, seja para as petroquímicas, produção de fertilizantes, ou para atender a demanda crescente de energia ao fornecer fontes mais limpas. Não se trata de uma corrida de 100 metros, mas sim uma maratona", destacou Roberto.

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Um estudo recente realizado pela consultoria Catavento em parceria com o IBP e o ICs reforça o papel do petróleo e gás na transição energética, ressaltando que a coexistência dessas fontes com energias renováveis é fundamental para atender ao aumento de 24% no consumo global.

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Além disso, são identificados cinco sistemas essenciais para a descarbonização global: redução de emissões de metano, eliminação da queima não emergencial, eletrificação de instalações, implementação de tecnologias de captura de carbono e expansão do uso de hidrogênio verde.

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Segundo Ardenghy, o setor pode ser um aliado importante na economia verde, oferecendo soluções e tecnologias como o hidrogênio, a captura e reinjeção de carbono e energia eólica offshore com plataformas em alto-mar.

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Neste cenário, o presidente destaca a liderança do Brasil na tecnologia de produção de petróleo, especialmente em águas profundas, e a necessidade de explorar novas reservas para garantir sua segurança energética. "O setor faz parte da solução", reiterou Roberto.

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Rumo à Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30) em Belém do Pará, em novembro deste ano, Roberto diz que esta indústria pode contribuir com um financiamento robusto, já que têm os recursos necessários para o combate à crise climática.<br /> <br />

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Confira a entrevista completa com Roberto Ardenghy na reportagem de EXAME ESG.<br />

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