ESG

Pela primeira vez, MIT mede consumo real de IA: variações de impacto energético chegam a 7.000%

Lia Rizzo

3 de junho de 2025 às 11:49

Designer/Microsoft/

A expansão acelerada da inteligência artificial está gerando pressões cada vez maiores sobre a infraestrutura elétrica mundial, com implicações diretas para as emissões de carbono globais.

NanoStockk/Getty Images

A conclusão, que parece óbvia, é do relatório Power Hungry, desenvolvido ao longo de seis meses pela MIT Technology Review Brasil em parceria com pesquisadores independentes. Contudo, vem a partir da análise mais abrangente já conduzida sobre o consumo energético da IA.

gorodenkoff/Getty Images

Enquanto avaliações passadas baseavam-se predominantemente em extrapolações teóricas de consumo energético em data centers, a pesquisa da MIT implementou medições específicas do gasto energético durante execução real de tarefas computacionais.

DataDynamics/Reprodução

A pesquisa revelou impactos ambientais significativos do crescimento exponencial dos sistemas de IA, utilizando pela primeira uma metodologia de medição direta em modelos de código aberto, superando assim limitações de estudos anteriores.

Iryna_Rasko/Thinkstock

O consumo de energia varia drasticamente conforme a complexidade da tarefa executada. A criação de roteiros de viagem detalhados, por exemplo, consome até dez vezes mais energia do que solicitações mais simples.

Adriano Machado/Bloomberg/Getty Images/

A diferença torna-se ainda mais acentuada quando considerado o tamanho dos modelos utilizados. Sistemas com maior número de parâmetros chegam a consumir 70 vezes mais energia para executar as mesmas tarefas. Esta variação é de até 7.000% no consumo energético.

Designer/Microsoft/

Sobre a forma do conteúdo, respostas em texto demandam quantidades relativamente moderadas de energia, enquanto a geração de vídeos pode exigir centenas de vezes mais recursos computacionais. As descobertas devem ter implicações diretas para empresas.

WLADIMIR BULGAR/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images

Nesta análise do MIT, pesquisadores se utilizaram da avaliação integrada de intensidade de carbono para quantificar diferenças regionais, numa abordagem que considera especificamente a composição da matriz energética local.

Eric Yang/Getty Images/

Dados de 2024 indicam que acessar um data center na Virgínia Ocidental, por exemplo, pode gerar quase o dobro das emissões comparado a uma operação similar na Califórnia. A variação de até 100% nas emissões de carbono para processamentos idênticos.

Leia mais em EXAME ESG