ESG

Ofensiva contra diversidade e antissemitismo: entenda o congelamento de fundos de Harvard

Lia Rizzo

15 de abril de 2025 às 15:47

Brendan SMIALOWSKI /AFP

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira, 14, que congelou US$ 2,2 bilhões (R$ 12,8 bilhões) em fundos destinados à Universidade de Harvard.

Brian Snyder/Reuters

Os cortes acontecem após a instituição se recusar a cumprir exigências relacionadas ao combate ao antissemitismo no campus.

Harvard recebeu na sexta-feira um documento com demandas federais que classificou como "sem precedentes", após o governo federal ter anunciado previamente uma revisão de quase US$ 9 bilhões em financiamento federal para a universidade.

Andrew Harnik/AFP

A decisão na Casa Branca ocorreu horas depois da universidade ter rejeitado formalmente a série de demandas do governo, que incluíam mudanças drásticas em sua governança, práticas de contratação e políticas de admissão.

Jason Redmond/AFP

As exigências são parte de uma iniciativa mais ampla da administração Trump contra o que classifica como “antissemitismo desenfreado e ideologia esquerdista” nos campi universitários.

Em carta dirigida à comunidade universitária, Alan Garber, presidente interino de Harvard, declarou que a instituição "não abrirá mão de sua independência nem renunciará aos seus direitos constitucionais".

Saul Loeb/AFP

A pressão sobre Harvard não é um caso isolado. Desde janeiro de 2025, quando Trump retornou à presidência, sua administração intensificou ações contra políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) tanto em instituições acadêmicas quanto em empresas.

Leandro Fonseca/Exame

O Departamento de Educação já havia cortado US$ 400 milhões da Universidade Columbia, depois que a instituição serviu como epicentro dos protestos relacionados à guerra em Gaza no ano passado.

Diferentemente de Harvard, Columbia optou por negociar com o governo federal na tentativa de recuperar os fundos.

Foto/Wikimedia Commons

Além disso, o Departamento de Educação anunciou investigações em 45 universidades por supostas práticas discriminatórias baseadas em raça.

Fabrizio Bensch/Reuters

Sessenta instituições receberam advertências sobre possíveis cortes de financiamento caso não resolvam denúncias de assédio antissemita.

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