15 de abril de 2025 às 15:47
O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira, 14, que congelou US$ 2,2 bilhões (R$ 12,8 bilhões) em fundos destinados à Universidade de Harvard.
Os cortes acontecem após a instituição se recusar a cumprir exigências relacionadas ao combate ao antissemitismo no campus.
Harvard recebeu na sexta-feira um documento com demandas federais que classificou como "sem precedentes", após o governo federal ter anunciado previamente uma revisão de quase US$ 9 bilhões em financiamento federal para a universidade.
A decisão na Casa Branca ocorreu horas depois da universidade ter rejeitado formalmente a série de demandas do governo, que incluíam mudanças drásticas em sua governança, práticas de contratação e políticas de admissão.
As exigências são parte de uma iniciativa mais ampla da administração Trump contra o que classifica como “antissemitismo desenfreado e ideologia esquerdista” nos campi universitários.
Em carta dirigida à comunidade universitária, Alan Garber, presidente interino de Harvard, declarou que a instituição "não abrirá mão de sua independência nem renunciará aos seus direitos constitucionais".
A pressão sobre Harvard não é um caso isolado. Desde janeiro de 2025, quando Trump retornou à presidência, sua administração intensificou ações contra políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) tanto em instituições acadêmicas quanto em empresas.
O Departamento de Educação já havia cortado US$ 400 milhões da Universidade Columbia, depois que a instituição serviu como epicentro dos protestos relacionados à guerra em Gaza no ano passado.
Diferentemente de Harvard, Columbia optou por negociar com o governo federal na tentativa de recuperar os fundos.
Além disso, o Departamento de Educação anunciou investigações em 45 universidades por supostas práticas discriminatórias baseadas em raça.
Sessenta instituições receberam advertências sobre possíveis cortes de financiamento caso não resolvam denúncias de assédio antissemita.