14 de maio de 2025 às 11:16
A geração de energia solar no Brasil cresceu quase 2,3 mil vezes nos últimos dez anos e tem enfrentado desafios estruturais, especialmente relacionados ao excedente energético não consumido.
Usualmente, a "sobra" é injetada na rede elétrica pública, levando a um risco de sobrecarga do sistema. O fenômeno, conhecido como inversão de fluxo, ameaça a continuidade de novos projetos de energia fotovoltaica.
Ao mesmo tempo que agrava a estabilidade da rede elétrica e aumenta o risco de apagões — como o que aconteceu recentemente em parte da Europa.<br /> <br />
A SolarView, empresa de tecnologia do setor, apresentou uma solução: um medidor inteligente que regula, em tempo real, a geração e o consumo de energia solar, impedindo que o excedente seja injetado na rede elétrica.<br /> <br />
“Há uma grande preocupação em se ter uma rede elétrica disponível e estável. Ainda mais com as ondas de calor e consequentes aumentos no nível de consumo energético. Nesse cenário, a matriz solar é fundamental, por ser uma fonte com alta disponibilidade", disse o CEO.
Ao invés de ser desperdiçada, a inovação possibilita o direcionamento da energia para o consumo local ou armazenamento em baterias, o que permite uma maior estabilidade na distribuição e previne sobrecargas.
Na Europa, especialmente durante ondas de calor intensas, a demanda por energia solar cresceu consideravelmente, mas, sem sistemas adequados de controle da distribuição, a rede elétrica local tem sofrido com apagões.
O cenário brasileiro, onde a matriz solar já ocupa uma posição de destaque, pode enfrentar um problema semelhantes e não houver uma regulação adequada, frisa a empresa.
Um dos exemplos bem-sucedidos é na Cooperativa Gaúcha de Leite (CCGL), que, depois de enfrentar um longo período sem conseguir utilizar a energia gerada em sua usina solar, conseguiu resolver o problema com a instalação do medidor inteligente e economizou mais de R$ 300 mil.