7 de janeiro de 2025 às 12:14
Do Norte ao Sul global, eventos climáticos extremos marcaram 2024 como um reflexo estampado da emergência climática. O ano mais quente da história da humanidade levou a enchentes, secas, incêndios e ondas de calor históricas que trouxeram à tona a necessidade de ações ambiciosas.
Contraditoriamente, as emissões também bateram novos recordes, e a ONU alertou que o mundo caminha para aquecer o dobro do limite de 1,5ºC estipulado pelo Acordo de Paris com as políticas públicas atuais.
Em meio a altas expectativas, a ambição ainda foi tímida e considerada insuficiente frente à tripla crise planetaria: poluição, mudança climática e perda de biodiversidade.
O maior evento que traça o futuro do planeta, a Conferência do Clima da ONU, deixou a desejar em sua 29º edição em Baku. O acordo de financiamento firmado destinou apenas US$ 300 bilhões para países em desenvolvimento até 2035, frente a uma realidade que exigia mais de 1 trilhão.
Mesmo assim, alguns avanços em clima e meio ambiente conquistados em 2024 trazem esperança e nos dão uma luz para encarar 2025. Confira!
Aprovação do mercado global de carbono: criado na ECO-92 no Rio de Janeiro e contemplado pelo Artigo 6 do Acordo de Paris, o mercado global de créditos de carbono foi finalmente aprovado na COP29, em Baku. A regulação definiu regras para a venda e compra de créditos de CO2.
Expansão das energias renováveis: dados da Agência Internacional de Energia (AIE) apontaram que as fontes renováveis estão em alta e podem atender metade da demanda global de eletricidade até 2030. A projeção é que o crescimento seja de 5.500 gigawatts.
Criação do Fundo Cali: embora a COP16 tenha frustrado ao encerrar sem um acordo de financiamento para proteção da vida selvagem, um dos avanços 'tímidos' foi a aprovação de um fundo para arrecadar recursos financeiros de organizações que utilizam dados genéticos da natureza.
Ações em prol do oceano: 2024 também foi marcado pela Década do Oceano, declarada pelas Nações Unidas até 2030 para promover o desenvolvimento sustentável das áreas marítimas e ajudar os países em ações visando um oceano limpo, saudável e resiliente.