ESG

Maior rede de sementes nativas do Brasil recupera mais de 10 mil hectares no Cerrado e Amazônia

Sofia Schuck

2 de junho de 2025 às 14:40

Paulo Whitaker/Reuters

A Amazônia e o Cerrado representam boa parte do desmatamento no Brasil e a Rede de Sementes do Xingu (RSX) desenvolve um trabalho de restauração ecológica para reverter o cenário de ameaça a estes biomas tão essenciais.

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Em 17 anos de atuação, chegou a um feito grandioso e recuperou mais de 10,8 mil hectares de áreas degradadas. Com mais de 700 coletores e coletoras de sementes, a rede é considerada a maior e mais diversa de sementes nativas para reflorestamento do país.

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Com inovação social, a organização utiliza uma técnica batizada de "muvuca de sementes", ainda pouco reconhecida no país, mas que tem demonstrado alta eficácia na recuperação florestal.

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Diferentemente dos métodos convencionais, se destaca pela eficiência e baixo custo, permitindo a ampla utilização em grandes áreas degradadas ao simular os processos naturais de sucessão florestal.

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"A muvuca é uma mistura de sementes com ciclos de vida e funções biológicas distintas e complementares, estrategicamente pensada para estruturar uma nova floresta no futuro", explicou Renato Nazário, técnico de Restauração Ecológica da instituição.

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As plantas originadas apresentam melhor adaptação ao ambiente, aumentando sua resistência a condições adversas. O método também contribui para a recuperação da fertilidade do solo, retenção de água e regulação do clima, promovendo um ecossistema mais resiliente e equilibrado.

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A Rede de Sementes do Xingu foi selecionada por edital para receber apoio do Projeto Floresta Viva, uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizada com apoio da Norte Energia, Fundo Vale e Grupo Energisa.

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O projeto tem como objetivo recuperar áreas degradadas e promover a conservação da biodiversidade, com foco no combate às mudanças climáticas. Uma das metas é fornecer sementes para iniciar a restauração de 200 hectares na bacia do rio Xingu pelos próximos quatro anos.

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Os benefícios da iniciativa vão além da recuperação ambiental. A comercialização das sementes impulsiona a geração de renda e o protagonismo feminino, com 76% da força de trabalho da rede composta por mulheres.

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