ESG

Hospital Moinhos de Vento alia expansão com sustentabilidade: "Precisamos ousar mais", diz CEO

Sofia Schuck

7 de maio de 2025 às 16:30

Moinhos de Vento/Divulgação

"Quando você se torna um líder da sociedade, você precisa fazer a transformação e ter uma certa ousadia, seja você uma pessoa política, empresário ou formador de opinião", disse em entrevista exclusiva à EXAME, Mohamed Parrini Mutlaq, CEO do Hospital Moinhos de Vento.

Divulgação/Hospital Moinhos de Vento/

À frente da instituição filantrópica gaúcha desde 2016, o executivo aposta na liderança nacional e vem colhendo os frutos: o hospital quase centenário é hoje um dos 120 melhores do mundo e está entre os "Top 5" da América Latina, segundo a revista Newsweek.

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No topo da lista brasileira, fica atrás apenas de três referências consagradas na capital paulista. "Eu vim para Porto Alegre e percebi o terreno que tínhamos para explorar e fazer algo relevante. Eu não gostava da ideia do setor estar concentrado em São Paulo", disse Mohamed.

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Em 2025, os investimentos devem superar R$ 300 milhões e a instituição planeja novas sedes físicas no Sul do Brasil -- ainda em fase de negociação, contou o CEO em primeira mão. Mas toda expansão, vem com um maior impacto ambiental.

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E nessa jornada, o Moinhos de Vento também quer ser referência em transformação e propagação do seu legado positivo. Nos últimos anos, a instituição segue um projeto estratégico ambiental em que levanta a bandeira da resiliência climática e investe em ações estruturantes.

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Segundo o CEO, há também uma enorme responsabilidade social: na geração de empregos, no desenvolvimento científico da cidade e empreendedorismo. "O nosso papel mais lógico é ser sustentável financeiramente. Porque se você não sobreviver, não é possível vencer o resto".

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Como instituição filantrópica, há o reinvestimento dos lucros em projetos sociais. Atualmente, são cerca de R$ 100 milhões por ano, disse Mohamed. Para o CEO, a maior força do Moinhos é a influência com a sociedade civil e na cadeia de mais de 50 mil funcionários e fornecedores.

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"É mais difícil fazer dentro do que fora, mas você tem o poder de influenciar. Você força os competidores, os outros hospitais, a fazerem o mesmo e também gerar impacto positivo. Essa é a atividade fim de uma instituição", frisou.

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Desde 2020, o Hospital Moinhos de Vento implementou ações concretas na redução de emissões. Um dos marcos foi zerar completamente as emissões do escopo 2, eliminando cerca de 2 mil toneladas de CO2 equivalente anualmente através da migração para energia 100% renovável.

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A transição energética já resultou em uma economia de R$ 30 milhões em contas de energia ao longo de oito anos. O compromisso estende-se também a outras iniciativas. O Projeto Certidão da Vida, lançado em julho de 2023, promove o plantio de árvores nativas para cada recém-nascido

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Em uma iniciativa pioneira, o Moinhos de Vento também foi o primeiro hospital do Brasil a construir, dentro de sua área, uma Central de Transformação de Resíduos, garantindo que todo o lixo seja reciclado ou reaproveitado.

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O hospital também tem investido em soluções tecnológicas e inovações que ampliam o acesso à saúde. Entre as iniciativas mais recentes está o "Aplicativo Mais Moinhos", que centraliza agendamentos, resultados de exames e receituários digitais.

Divulgação/Hospital Moinhos de Vento/

Para os próximos anos, o hospital prevê avanços no monitoramento de pegada de carbono, aprimoramento do inventário de emissões e novas estratégias de mitigação e adaptação climática.

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"Em 30 anos, não quero apenas que o Moinhos seja o maior hospital do Sul, mas um exemplo de como é possível crescer gerando impacto positivo. Nosso compromisso é com o futuro", concluiu o CEO.

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