17 de junho de 2025 às 14:39
O leilão de concessão para exploração de petróleo e gás ocorreu nesta terça-feira (17) em áreas do Norte e Nordeste. A ANP ofertou 172 blocos, sendo 47 na Foz do Amazonas, que abrange 283 mil km² de águas profundas e ultraprofundas.
Cerca de 40% dos blocos da Bacia da Foz do Amazonas foram arrematados. Petrobras, Exxon e Chevron adquiriram 19 dos 47 blocos da região. Este leilão segue o realizado em dezembro de 2023, com 602 pontos de perfuração.
Empresas e governo veem a exploração como uma oportunidade de grandes volumes de petróleo, estimados em até 10 bilhões de barris, com movimentações superiores a R$ 1 trilhão. Ambientalistas e grupos indígenas se opõem, citando riscos à biodiversidade local.
Críticas apontam que as áreas ofertadas estão em regiões ambientalmente sensíveis, como Áreas Prioritárias para Conservação. A ANP nega, mas ações judiciais contra o leilão foram movidas por entidades como a Federação Única dos Petroleiros e o Instituto Arayara.
O leilão inicialmente incluiria 332 blocos, mas o número foi reduzido em 48%. O Ministério Público Federal pediu a suspensão do certame até que sejam feitos estudos ambientais e consultas às comunidades afetadas, para evitar impactos negativos.