ESG

Entenda o dilema do consumo elétrico das blockchains

Da Redação

6 de junho de 2025 às 11:07

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As criptomoedas revolucionaram o sistema financeiro global, desafiando bancos centrais e criando uma economia descentralizada. No entanto, um aspecto controverso chama atenção: o consumo energético massivo da mineração de criptoativos.

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Enquanto entusiastas argumentam que esse custo é justificado pela segurança e descentralização, críticos apontam o impacto ambiental como um problema urgente. É possível conciliar criptomoedas com sustentabilidade energética?

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O Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, utiliza a “Prova de Trabalho”, onde computadores resolvem cálculos complexos para validar transações. Esse processo consome uma quantidade significativa de eletricidade, estimada em valores superiores ao consumo anual.

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Grande parte dessa energia vem de fontes fósseis, aumentando a pegada de carbono do setor. Entretanto, algumas regiões utilizam energia renovável para mineração, como Islândia e Canadá, que aproveitam excedentes de energia hídrica e geotérmica.

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Para reduzir o impacto ambiental, diversas criptomoedas adotam novos modelos de validação, como a “Prova de Participação” (PoS). Diferente do PoW, esse sistema seleciona validadores com base na quantidade de moedas que possuem e bloqueiam na rede, reduzindo o consumo energético.

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O Ethereum, segunda maior criptomoeda, é um exemplo que recentemente migrou para esse modelo.

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Uma alternativa é o uso de energia renovável. Startups exploram mineração com fontes solares e eólicas, tornando a operação mais sustentável. Iniciativas também utilizam a queima de gás natural desperdiçado em poços de petróleo para alimentar mineradoras,

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O Brasil, com matriz energética predominantemente renovável, tem potencial para se tornar um polo sustentável de mineração de criptomoedas. A abundância de energia solar, eólica e hídrica poderia viabilizar operações ecológicas e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

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No entanto, desafios regulatórios e incertezas jurídicas dificultam esse avanço. O país precisa estabelecer regras claras para o setor de criptoativos, garantindo segurança jurídica para investidores e estimulando práticas ambientalmente responsáveis.

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O debate sobre criptomoedas e consumo energético continua. A digitalização financeira é irreversível, mas a sustentabilidade precisa ser prioridade.

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