ESG

Empresas brasileiras apostam na IA para acelerar metas ESG em ano de COP30, diz estudo

Sofia Schuck

6 de maio de 2025 às 10:51

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No mesmo ano em que o Brasil irá sediar a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30) pela primeira vez, a inteligência artificial passa a ocupar lugar central nas estratégias de sustentabilidade das empresas brasileiras.

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É o que aponta o levantamento da Amcham Brasil com a consultoria Humanizadas: 60% dos líderes apostam nesta tecnologia como vetor de transformação de negócios neste ano.

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Entre outros dados, a pesquisa revelou que 76% dos negócios avançam na agenda, mas mensurar os desafios ainda é o principal desafio. Já as práticas ESG (ambiental, social e governança) aparecem como prioridade estratégica para 51% dos entrevistados.

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“Mais do que eficiência, a IA traz rastreabilidade e ação inteligente às boas práticas”, disse Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, empresa especializada em soluções digitais. Os dados em tempo real podem ajudar a antecipar riscos, prever cenários e responder com mais agilidade.

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Segundo um relatório da PwC, o uso de IA pode reduzir em até 4% as emissões globais de carbono, o equivalente a 2,4 bilhões de toneladas, volume similar ao emitido anualmente por Austrália, Canadá e Japão.

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No agronegócio, dados da McKinsey indicam redução de até 25% no uso de fertilizantes e água por meio de técnicas de agricultura de precisão baseadas em algoritmos.

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Além do impacto ambiental, a COP30 em Belém do Pará reforça o papel do setor privado na agenda climática. “Há uma oportunidade de o Brasil se posicionar como referência em inovação verde”, complementou Vinicius.

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Apesar do avanço, a adoção da IA em iniciativas ESG ainda esbarra na falta de métricas padronizadas e no baixo preparo técnico de parte do setor empresarial. Segundo a consultoria Capgemini, apenas 12% das companhias que usam IA generativa monitoram sua pegada ambiental.

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Um dos grandes dilemas do uso da tecnologia é seu intensivo consumo de eletricidade e água em data centers, aqueles centros projetados para abrigar servidores, armazenar dados e processar as informações.

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Sem governança, especialistas alertam que há uma dificuldade de mensuração de impacto e um maior risco de se ampliar desigualdades. Por outro lado, o estudo também mostra que cresce a preocupação das empresas com o uso responsável da IA.

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