ESG

Em decisão histórica, Tribunal da ONU declara que acordos climáticos são obrigatórios

Sofia Schuck

24 de julho de 2025 às 11:00

/Getty Images

Uma decisão histórica pode transformar o cenário de políticas climáticas globais, a poucos meses da COP30 no Brasil e em um contexto geopolítico desafiador para alavancar a agenda no mundo.

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Na quarta-feira, 23, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial da ONU, divulgou um parecer consultivo sobre mudanças climáticas e direitos humanos e estabeleceu que os acordos internacionais são obrigatórios por lei.

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Na prática, isso significa que os 198 países vinculados a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) podem ser responsabilizados legalmente por não cumprirem suas metas de redução de emissões ou falharem na proteção de territórios.

Mark Garlick/Science Photo Library/null

Já o Acordo de Paris, principal dentro do guarda-chuva da convenção da ONU, traz a meta de limitar o aquecimento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e contempla 195 países após a saída dos EUA no mesmo dia de posse de Donald Trump.

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Especialistas afirmam que este é o mais abrangente documento sobre o tema e traz base jurídica para o litígio internacional, além de representar um marco no direito ambiental ao declarar unanimemente que a violação das obrigações climáticas constitui "um ato ilícito".

Leonhard Foeger/Reuters

A decisão considera que as mudanças climáticas são uma "ameaça urgente e existencial" e estabelece que os Estados têm o dever de "prevenir danos significativos ao meio ambiente, agindo com a devida diligência e usando todos os meios à sua disposição.

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Além disso, o parecer considera a agenda intrinsicamente conectada com a de direitos humanos e proteção de comunidades e também reforça o princípio da justiça climática de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" para países desenvolvidos que mais contribuem com emissões.

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