ESG

Em Bonn, Brasil e ONU apresentam Balanço Ético Global para acelerar ação climática na COP30

Sofia Schuck

17 de junho de 2025 às 16:05

Mark Garlick/Science Photo Library/null

Durante a Conferência de Bonn, o Brasil apresentou uma iniciativa que visa incorporar a lente ética e justa ao debate sobre mudanças climáticas: o Balanço Ético Global (BEG).

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Em preparação para a COP30, a grande conferência do clima que será realizada em Belém em novembro, a proposta liderada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi detalhada pelo governo brasileiro nesta terça (17).

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O balanço faz parte de um dos quatro círculos lançados pela presidência da COP em abril para ampliar a capacidade de mobilização e articulação rumo à implementação efetiva dos compromissos climáticos.

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O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP, contextualizou a iniciativa dentro da estratégia brasileira de mobilização. "Temos circunstâncias especiais – dez anos do Acordo de Paris – e nós temos de avançar em várias frentes", disse.

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Inspirado no Balanço Global do Acordo de Paris, o BEG propõe uma "escuta ética e planetária" sobre a crise climática e está alinhado a um grande esforço de “mutirão” para que a COP30 seja de implementação.

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A iniciativa reunirá cerca de 30 lideranças de cada continente, incluindo cientistas, filósofos, ativistas, mulheres, populações indígenas, afrodescendentes, comunidades tradicionais, artistas, empresários e líderes religiosos.

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A ideia do balanço é trazer ética em benefício da decisão política e respostas técnicas para a melhoria de todas as formas de vida, explicou Marina. "Vamos ouvir todos continentes, cidadãos de diferentes lugares e trajetórias para nos ajudar a debater temas-chave".

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A exemplo, a ministra questionou se os investimentos atuais estão alinhados com as metas já estabelecidas e se decisões como triplicar energia renovável, reparar perdas e danos e acabar com o desmatamento estão no caminho certo. "Tudo isso a ética pode aportar", destacou.

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Ao todo, serão implementados seis diálogos intercontinentais na América do Norte, América Latina e Caribe, África, Europa, Ásia e Oceania. Em cada um, haverá organizadores regionais que compilarão os resultados rumo à COP30.

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Mary Robinson, que representa a Europa, destacou o valor da diversidade regional: "Cada região será diferente e muito diversa. Teremos um olhar muito humano centrado e urgente para os líderes e eu espero que sejamos ouvidos".

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O resultado dos diálogos em todos os continentes será consolidado em um relatório global que será submetido à presidência da COP30 para encaminhamento aos principais tomadores de decisão dos países, sendo considerado no âmbito das negociações em Belém.

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