22 de maio de 2025 às 16:28
Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios aponta que os desastres climáticos no Brasil causaram prejuízos de R$ 732,2 bilhões de 2013 a 2024.
O valor inclui gastos com reconstrução e perdas materiais provocadas pela seca extrema, estiagem e chuvas intensas que afetam a maior parte do país.
Somente em 2024, o impacto financeiro dos desastres climáticos chegou a R$ 92,6 bilhões, sinal da intensificação dos eventos.
Entre 2013 e 2024, 95% dos municípios brasileiros foram atingidos ao menos uma vez por algum desastre natural, com 5.279 cidades afetadas e 70.361 registros oficiais de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública.
No mesmo período, mais de 473 milhões de pessoas sofreram os efeitos dos desastres, incluindo 5 milhões de desalojados, 1 milhão de desabrigados e quase 3 mil mortes.
Os prejuízos abrangem diversos setores, como saúde, educação, habitação, infraestrutura e agronegócio — responsável por 44,5% do total, com perdas que somam R$ 325,6 bilhões.
Além da agricultura, a pecuária teve um impacto de R$ 94,4 bilhões. Instalações públicas de saúde e sistemas de abastecimento de água também foram fortemente afetados, com prejuízos acumulados de R$ 86 bilhões e R$ 61,2 bilhões, respectivamente.
Obras de infraestrutura, habitação, transporte, comércio e indústria completam o quadro de perdas, refletindo o amplo alcance das emergências climáticas.