ESG

Diplomacia brasileira é aposta do BID para alcançar US$ 1,3 tri previstos na COP

Sofia Schuck

27 de fevereiro de 2025 às 09:45

Leandro Fonseca/Exame

Será que o mundo chegará a um consenso sobre os US$ 1.3 trilhões necessários para lidar com os desafios impostos pela crise climática? A pergunta, literalmente de trilhões, pode ser respondida na COP30, em Belém do Pará.

Leandro Fonseca/Exame

Baku, última cidade sede da COP do clima, deixou o valor 'quicando' na mesa e fechou um acordo bastante aquém: países concordaram apenas em US$ 300 bilhões -- destinados dos países desenvolvidos para os mais vulneráveis.

Leandro Fonseca/Exame

Enquanto no Azerbaijão a falta de ambição já era esperada por se tratar de um país baseado na indústria do petróleo, no Brasil, as expectativas são altas para que esta COP seja a da implementação e se avance em financiamento climático. <br /> <br />

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Avinash Persaud, assessor especial de mudança climática do Banco Interamericano de Desenvolvimento, conversou com a EXAME sobre as oportunidades e desafios para destravar os recursos voltados ao combate da crise climática.

/Getty Images

Para o Avinash, o Brasil está focado em entregar um bom resultado na COP30: "Se eu fosse um apostador, apostaria na diplomacia brasileira".

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Natural de Barbados, Avinash esteve presente em evento do Instituto Talanoa em Brasília e reiterou uma necessidade de pelo menos US$ 300 bilhões anuais apenas para medidas de adaptação climática.

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Na última COP29 em 2024, os bancos de desenvolvimento se comprometeram com um financiamento climático de US$ 120 bilhões até 2030. Destes, US$ 11,3 bilhões viriam do próprio BID, visando a América Latina e Caribe.

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Na comunidade internacional, há um consenso de que para chegarmos lá, estes investimentos precisam vir tanto de atores públicos como privados. Para Avinash, a diferença do valor até os US$ 1.3 trilhões depende majoritariamente do setor privado.

Anselmo Cunha/AFP

A adaptação também é um desafio de custo para os países e se trata de um problema mais local, visto que cada região do mundo enfrenta eventos climáticos extremos de forma diferente e desproporcional.

Wikimedia Commons/

"Os países precisam avançar em adaptar as cidades. Mas é caro, então é uma questão de como administrar a 'dívida'. Temos que torná-la barata, de longo prazo e mais flexível", complementou Avinash.

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O Brasil deu vários passos importantes e impressionantes recentemente, disse Avinash. O principal seria o desenvolvimento de estruturas para mercados de carbono e o lançamento da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP).

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