7 de abril de 2025 às 09:57
O Brasil já tem tudo o que precisa para se posicionar como uma potência socioambiental global e a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30) é uma oportunidade sem precedentes.
É o que revela um novo estudo pioneiro encomendado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), formado por lideranças da sociedade civil. A pesquisa reúne as perspectivas de 90 líderes e pesquisadores e de mais de 3 mil brasileiros de diversas regiões.
A pesquisa reúne as perspectivas de 90 líderes e pesquisadores e de mais de 3 mil brasileiros de diversas regiões do país para refletir sobre como o país se enxerga e os caminhos para se tornar mais coeso e influente, tanto no cenário nacional quanto internacional.
Há uma mudança significativa de percepção em curso: a visão do Brasil como um eterno "promissor" começa a dar lugar a uma postura de ação, como uma liderança real e com vocação para o protagonismo.
Segundo os pesquisadores, o "complexo de vira-lata" passa a deixar de existir, após décadas de uma imagem brasileira atrelada a uma nação atrasada e marcada por dificuldades estruturais. A valorização da biodiversidade brasileira e a importância da Amazônia reflete a visão.
Pela primeira vez, o bioma se destaca como o principal símbolo da identidade brasileira, ultrapassando o Rio de Janeiro, o que revela um aumento na conscientização sobre o papel brasileiro na agenda ambiental e climática do mundo.
Pela primeira vez em solo brasileiro, a COP30 em Belém do Pará é apontada como um marco crucial para o país. O maior evento de clima do mundo é visto como uma janela para que o Brasil se posicione de maneira firme como líder em governança climática e soluções verdes.
Jeanine Pires, conselheira do CDESS e integrante do grupo de trabalho responsável pelo estudo, destacou: "O mundo está buscando modelos de desenvolvimento sustentável e nós temos todas as credenciais para liderar essa transformação".
A análise também identifica 18 áreas nas quais o Brasil já é uma referência global. Os destaques são: biodiversidade, democracia, ecossistemas de startups, matriz energética limpa, agricultura de baixo carbono e biocombustíveis.
Todas são vistas como espaços de excelência que podem ser ampliados para fortalecer a imagem internacional do país. Confira na matéria!