14 de julho de 2025 às 15:48
O Pará, sede da COP30, lidera o ranking dos estados da Amazônia Legal que mais receberam investimentos sociais e respondeu por 59% dos recursos alocados em 67 projetos de impacto positivo em 2023.
É o que revela o novo mapeamento e mais abrangente sobre impacto da região realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), principal organização que representa o setor privado na busca por soluções de descarbonização.
O levantamento mostrou que 19 empresas executaram 113 projetos socioambientais em 98 municípios e 78% estão localizados em apenas três estados: Pará, Amazonas e Mato Grosso.
Pelo menos 56% das ações empresariais analisadas estão voltadas para a promoção de emancipação ou fortalecimento de comunidades locais e estas representaram 21,5% do total das iniciativas.
Em seguida, aparecem educação e capacitação (13%), proteção de direitos humanos (10,8%) e desenvolvimento econômico e negócios (10,8%). O estudo também identificou sobreposições territoriais e temáticas, identificando "um ambiente favorável à cooperação"
O Pará disparou na frente com folga e o Amazonas aparece em segundo lugar com 28 iniciativas, seguido pelo Mato Grosso com 17. Segundo o CEBDS, a liderança ganha ainda mais relevância no contexto da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU em Belém do Pará.
Um dos destaques do mapeamento é que 66% das ações foram classificadas como voluntárias, ou seja, não resultam de exigências legais ou regulatórias. Para o gerente de Natureza e Sociedade do CEBDS, o dado evidencia "um avanço expressivo do setor empresarial rumo ao ESG".
A análise também apontou que estados do Acre e Roraima apresentaram investimentos ainda limitados e representam oportunidades estratégicas para a expansão da atuação empresarial na Amazônia.