25 de abril de 2025 às 10:11
Com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos, as árvores são grandes aliadas para tornarem as cidades mais resilientes. Mas afinal, quais são as mais resistentes ao alto estresse ambiental?
Um estudo pioneiro do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) analisou 29 espécies nativas da Mata Atlântica presentes na Grande São Paulo e revelou que seis são as mais resistentes aos efeitos das mudanças climáticas.
São elas: Cupania vernalis (Camboatá ou Camboatã), Croton floribundus (Capixingui ou Tapixingui), Eugenia cerasiflora (Guamirim), Eugenia excelsa (Pessegueiro-bravo), Guapira opposita (Maria-mole) e Myrcia tijucensis (Guamirim-ferro).<br /> <br />
Estas poderão ser consideradas para a arborização urbana no futuro, desde que atendam a critérios como resistência a patógenos e pragas e tenham características como crescimento da copa e das raízes, disse o Instituto.<br /> <br />
Segundo os pesquisadores, a descoberta traz novas perspectivas para o planejamento urbano no contexto de adaptação climática e na formulação de políticas públicas. As espécies certas podem fazer a diferença na preservação da biodiversidade e na qualidade de vida.
O estudo também oferece importantes orientações para ações de reflorestamento, ajudando na escolha das espécies mais adequadas para recuperar áreas urbanas e mitigar o efeito das ilhas de calor. <br /> <br />
Marco Aurélio Nalon, coordenador do IPA, destacou que investir em pesquisa científica e inovação é essencial para desenvolver soluções sustentáveis e eficazes que garantam a resiliência das cidades.