24 de abril de 2025 às 17:48
Durante a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, revelou que o presidente da China, Xi Jinping, afirmou pela primeira vez que o país reduzirá as emissões de todos os gases de efeito estufa e em todos os setores econômicos.
A reunião contou com a presença de 17 chefes de Estado, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Até então, a China não havia dado grandes sinalizações sobre sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), compromisso que define os cortes de emissões que cada país deve realizar.
A declaração de Xi Jinping representa um marco importante, considerando que a China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, respondendo por cerca de 35% das emissões globais.
Para Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, a meta pode representar uma mudança no patamar das NDCs atuais. "Se a China for ambiciosa em sua meta climática, há uma chance real de impactar positivamente a atual crise das NDCs.
Segundo Unterstell, o total pode aproximar o mundo do cenário de 1,5ºC. "Isso representa uma grande potencialidade", afirmou.
Em termos absolutos, as emissões de CO2 da China foram de aproximadamente 12,67 bilhões de toneladas em 2022, último dado registrado pelo país. O dado apresenta uma leve redução em relação a 2021, quando as emissões atingiram cerca de 12,72 bilhões de toneladas.
Há menos de sete meses do maior evento de clima do mundo, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de Belém (COP30), o governo brasileiro realizou uma Cúpula Virtual sobre Ambição Climática nesta quarta-feira, 23.
O evento busca promover uma mobilização política global e acelerar a transição energética justa. O encontro representa o início de um amplo movimento rumo a Belém em novembro. O encontro foi visto como um primeiro chamado para a ação no combate à crise climática.