7 de março de 2025 às 11:35
De veículos elétricos a painéis solares, a China dominou todas as tecnologias de energia renovável nos últimos anos e acelera a produção como em nenhum outro país do mundo -- ultrapassando os Estados Unidos.<br /> <br />
Com Donald Trump, a lacuna norte-americana deve ficar ainda maior frente a investimentos em soluções verdes, enquanto a potência chinesa sinalizou querer avançar.
Na quarta-feira (5), o maior emissor global de gases de efeito estufa anunciou que desenvolverá um pacote de grandes projetos para combater as mudanças climáticas, incluindo o desennvolvimento de novos parques eólicos offshore e 'bases de energia limpa' em áreas desérticas.
Em 2024, um estudo revelou que parques solares em desertos são positivos não apenas para o clima e transição energética, como também para a biodiversidade.
O relatório publicado ontem pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma diz que "a China trabalhará ativa e prudentemente para alcançar a neutralidade de carbono".
Sua meta climática atual é reduzir em 65% as emissões até 2030, em relação aos níveis de 2005. Já até 2050, o objetivo é ir além e atingir a neutralidade em carbono.
Entre os projetos previstos, estão: uma usina hidrelétrica no rio Yarlung Tsangpo, no Tibete, que levantou preocupações na Índia sobre seu potencial impacto hídrico e uma rota de transmissão direta de energia conectando o Tibete com Hong Kong, Macau e Guangdong.
Parte do protagonismo chinês em energia verde se deve a altos subsídios governamentais, liderança em tecnologias e controle de cadeia de suprimentos das matérias-primas necessárias e minerais críticos para a transição.
Mesmo apostando em renováveis e novas tecnologias de baixo carbono, o novo plano chinês destaca que o carvão segue sendo um combustível essencial no país e que a produção deve aumentar em 2025.<br />