ESG

B3 reduz 88% das emissões com novo índice de carbono e mira investidores

Sofia Schuck

4 de abril de 2025 às 11:20

b3/Divulgação

"Ao invés de ser só uma bolsa verde [para empresas já sustentáveis], queremos ser a bolsa da transição, ajudando empresas a financiarem a mudança para uma economia de baixo carbono", disse em entrevista à EXAME, Ana Buchaim, vice-presidente da B3.

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É com este propósito que a bolsa brasileira apostou recentemente na reformulação do seu Índice de Carbono Eficiente (ICO2), indicador que reúne as empresas listadas comprometidas com a redução de emissões de gases de efeito estufa e o único ainhado com a taxonomia da UE.

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A nova metodologia do ICO2 traz uma significativa evolução nos critérios de seleção das companhias e busca impulsionar a descarbonização, sendo como uma vitrine para atrair mais investidores.

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Na prática, o selo é como um termômetro para quem quer aliar rentabilidade com impacto ambiental e comprar cotas de ETFs ou fundos que replicam a carteira do índice – como o "ETF Carbono Eficiente", por exemplo, ou outras ações verdes.

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Atualmente, a B3 possui aproximadamente 429 empresas listadas e 61 compõem o novo índice, levando a uma redução de 88% nas emissões. "A reformulação trouxe um salto impressionante. Todas estão entre as 25%% melhores nos seus setores".

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Uma das principais mudanças do novo índice foi a ampliação do universo de empresas elegíveis de 100 para 200. A B3 saiu do IBRX 100 e passou para o Ibra B3, dobrando o número de contempladas. Por outro lado, os critérios passam a ser mais rigorosos.

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A nova metodologia seleciona apenas as 75% mais eficientes na relação entre emissões e receita e as avalia em 10 práticas, sendo que elas devem cumprir pelo menos quatro.

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Essa mudança nos critérios não está isolada – faz parte de uma estratégia maior da B3, que opera em três frentes: dados, negociação de créditos de carbono, e instrumentos de captação para transição.

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