8 de maio de 2025 às 17:50
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou Marcele Oliveira, comunicadora e ativista climática de 26 anos, para a função de Campeã de Juventude da COP30, que acontecerá em novembro em Belém, capital do Pará.
Nascida em Realengo, na periferia do Rio de Janeiro, Marcele Oliveira é produtora cultural e iniciou seu trabalho no ativismo climático nos movimentos que resultaram na fundação do Parque Realengo Susana Naspolini.
Construído em 2022, o parque passou a ocupar uma ampla área que no passado abrigou uma fábrica de munição do Exército Brasileiro, desativada há mais de 40 anos.
"Vamos construir junto com a participação das juventudes, crianças e adolescentes a nossa contribuição para a COP30, para que não fique apenas dentro das paredes da conferência", afirmou Marcele durante o anúncio.
A ativista participa das Conferências do Clima desde a COP no Egito em 2022, através da Coalizão Clima É de Mudança - do qual é co-fundadora - e do Perifalab.
Ela é também Jovem Negociadora pelo Clima da Secretaria do Meio Ambiente e Clima do Rio. Sua pesquisa foca na interlocução entre práticas culturais e o combate às consequências das mudanças climáticas nas periferias, com ênfase em adaptação e educação climática.
Na COP28, em Dubai, quando foi criada a posição de Youth Climate Champion (YCC), a produtora participou ativamente de uma reunião do presidente Lula com a sociedade civil
Leia à entrevista que Marcele concedeu à EXAME durante a COP28.
A função de Campeão da Juventude foi pensada com ampliar inclusão e representação jovem nas políticas climáticas; capacitar jovens para contribuir com decisões sobre o clima; amplificar suas vozes na UNFCCC e nas presidências da COP; e impulsionar ações lideradas por jovens.
Ana Toni, diretora-executiva da COP30, destacou a importância da participação jovem no evento. "Jovens e crianças são os protagonistas das próximas décadas. Eles e elas sentirão na pele os impactos da mudança do clima, não importa se serão cientistas, empresários ou políticos".
"Nosso esforço em Belém é para deixarmos de herança um planeta habitável para as próximas gerações", afirmou a diretora-executiva.