ESG

Acordo prepara Austrália para receber refugiados climáticos de Tuvalu

Paula Pacheco

29 de agosto de 2024 às 19:04

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Entrou em vigor na quarta-feira, 28, o tratado entre Austrália e a nação insular de Tuvalu, na Polinésia, que dá aos seus cidadão o direito de residência permanente no país.

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O que motivou o Tratado é o futuro de Tuvalu. O país, com cerca de 11 mil habitantes pode desaparecer por conta dos efeitos das mudanças climáticas, que têm levado a um aumento do nível do mar. Estudiosos projetam que o arquipélago pode ficar debaixo d'água em 100 anos.

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O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro da Austrália e de Tuvalu, Hon Feleti Teo OBE. O Tratado abrange três áreas principais de colaboração: cooperação climática, mobilidade com dignidade e segurança compartilhada.

A partir de agora, os dois países trabalharão para abrir o que foi chamado de 'caminho especial de mobilidade' em 2025, que permitirá que, por ano, até 280 cidadãos tuvaluanos escolham viver, trabalhar ou estudar na Austrália.

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Ao mesmo tempo, as duas nações vão buscar formas de viabilizar trabalhos de cooperação para garantir que a população de Tuvalu permaneça em sua terra natal, de acordo com nota do governo australiano.

Com o tratado, a Austrália passa a ser obrigada a responder quando Tuvalu pedir assistência em face de um grande desastre natural, pandemia de saúde ou agressão militar.

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“A Austrália reconhece os desafios únicos que Tuvalu enfrenta, e é por isso que lidar com a mudança climática é fundamental para a União Falepili", declarou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

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“Pela primeira vez, há um país (Austrália) que se comprometeu legalmente a reconhecer a futura soberania e estado de Tuvalu, apesar do impacto prejudicial do aumento do nível do mar induzido pelas mudanças climáticas", completou Feleti Teo, primeiro-ministro de Tuvalu.

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