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7 mulheres que quebraram barreiras seculares no Vaticano de Francisco

Lia Rizzo

29 de abril de 2025 às 16:53

Sajjad Hussain/AFP

O pontificado do Papa Francisco tem sido marcado por mudanças significativas no Vaticano, especialmente no que se refere ao papel das mulheres na Igreja Católica.

AFP/

Tradicionalmente, a Igreja foi um espaço predominantemente masculino, com poucas mulheres em posições de poder. No entanto, com Francisco, essa realidade começou a se transformar.

Dimitar DILKOFF/AFP Photo

Ao longo de sua liderança, o Papa tem quebrado barreiras e aberto portas para que mulheres ocupem posições de destaque na administração e nas decisões vaticanas.

A seguir, apresentamos sete mulheres que, com suas trajetórias e conquistas, estão escrevendo um novo capítulo para o papel feminino no Vaticano.

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Irmã Simona Brambilla: Em janeiro de 2025, Brambilla se tornou prefeita do Dicastério para Institutos de Vida Consagrada, cargo inédito para uma mulher. A ex-enfermeira e missionária em Moçambique é símbolo da transformação vaticana na presença feminina.

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Irmã Raffaella Petrini: Nomeada secretária-geral do Governatorato em 2022, Petrini ocupa uma posição historicamente masculina. Ela administra toda a infraestrutura e operações do Estado da Cidade do Vaticano, mostrando um avanço sem precedentes para as mulheres.

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Barbara Jatta: Em 2016, Jatta fez história como a primeira mulher a ser diretora dos Museus do Vaticano. Sua nomeação é um marco na abertura de novos espaços de poder para as mulheres dentro da estrutura da Igreja.

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Irmã Nathalie Becquart: Em 2021, Becquart foi nomeada subsecretária do Sínodo dos Bispos, tornando-se a primeira mulher a ter direito a voto nesse influente fórum, um passo importante para o papel das mulheres nas decisões da Igreja.

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Irmã Carmen Ros Nortes: Desde 2018, Ros Nortes é subsecretária do Dicastério para a Vida Consagrada, supervisionando questões relacionadas à vida consagrada feminina, um cargo fundamental para o avanço das mulheres na Igreja.

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María Lía Zervino: Nomeada para o Dicastério para os Bispos em 2022, Zervino ganhou voz na seleção de lideranças episcopais, influenciando diretamente a escolha dos novos líderes da Igreja Católica, uma verdadeira revolução no poder feminino.

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Irmã Genevieve: A amizade entre o Papa Francisco e a Irmã Genevieve, freira francesa, tocou corações. Ela ajudou a criar um canal de diálogo entre o papa e grupos marginalizados, desafiando protocolos e mostrando a força das relações pessoais no Vaticano.

Emiliano Lasalvia/AFP

"A Igreja é mulher, é mãe, é esposa", repetia Francisco em seus discursos. Contudo, apesar do relevante avanço, manteve posições tradicionais em questões essenciais como a ordenação feminina como padres e diáconas.

Elena Sergejeva/Getty Images

Embora tenha sido o primeiro papa a mostrar consciência de que a Igreja sofre de um desequilíbrio flagrante entre homens e mulheres, parece ter escolhido responder a essa injustiça fazendo nomeações individuais.

REUTERS/Tony Gentile/

A professora Phyllis Zagano, da Universidade Hofstra, que integrou a primeira comissão sobre diaconisas, acredita que Francisco "tentou lidar com séculos de misoginia que compreenderam mal o papel das mulheres na Igreja e na sociedade", segundo declarou à CNN.

Com o próximo conclave se aproximando — onde apenas cardeais homens votarão para escolher o sucessor de Francisco — paira a dúvida sobre a continuidade dessas mudanças.

Conheça todos os feitos das mulheres no Vaticano de Francisco: