4 de maio de 2025 às 15:20
As empresas e prestadores de serviços de tecnologia vivem um momento de reestruturação intensa a sete meses de 2026, quando começa oficialmente a transição para o novo modelo tributário do país.
A reforma tributária, cujo principal projeto de regulamentação foi sancionado em janeiro deste ano, vai exigir não apenas ajustes nos regimes fiscais, mas também mudanças nos sistemas internos, especialmente na cadeia de pagamentos e automações fiscais.
A unificação de cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — em dois novos impostos, a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) implica a convivência temporária de dois sistemas paralelos até 2032.
Isso significa que as empresas precisarão atualizar seus sistemas de ERPs (sistema de software de gestão empresarial) e plataformas de pagamento de acordo com as novas exigências fiscais.
Especialistas no tema alertam que os sistemas deverão estar aptos a lidar com diferentes regras, alíquotas e formas de apuração.
A avaliação é de que a duplicidade operacional aumenta a necessidade de integração, controle e precisão, tornando ainda mais crítica a atualização dos sistemas e a capacitação das equipes responsáveis pela área fiscal, financeira e tecnológica.
Com a proximidade das mudanças, a recomendação tanto de companhias da área, quanto do próprio Serviço federal de Processamento de Dados (Serpro), é que as empresas iniciem o quanto antes a revisão de seus processos internos e o treinamento das equipes.
O primeiro passo deve ser mapear as premissas dos sistemas de origem, como os ERPs, e garantir que estejam aptos a receber as atualizações legais.